Medo #42: Pika-Miolos, o Chupador de Cérebros

            Havia numa certa ilha, em tempos idos, um feiticeiro que gostava de usar cérebros de pessoas e animais de grande porte mortos não há muito tempo – ao ponto de chegar a profanar corpos do cemitério em busca de tecido cerebral ainda fresco!! – para fazer magia, alguma neutra na melhor das hipóteses, outra bem mais negra… Mas nunca para o bem!!

            O antigo feiticeiro é agora uma medonha criatura alada que voa a coberto da escuridão em busca de cérebros de vertebrados vivos… Principalmente cérebros de seres humanos!!


Ilustração oficial do Pika-Miolos

            Elemento: Ar

            Medidas: 0,8 m de altura; 2,2 m de envergadura

            Habitat: espaços abertos sem luminosidade, embora também possa aparecer em espaços fechados completamente escuros

            Horas de aparição: meia-noite

            Habilidades sobrenaturais: ocultação no escuro

            Tipo de alimentação primária: presa inteira ou parte da presa
            Alimenta-se do cérebro de vertebrados vivos que não estejam completamente imersos num líquido, incluindo peixes que estão fora de água por algum motivo. Consegue detetar as ondas cerebrais dos vertebrados ao longe; quanto maior for o tamanho de um animal e mais complexa for a sua atividade cerebral, mais atraído será por ele (ainda para mais se o animal em causa estiver acordado ou, pelo menos em seres humanos, prestes a morrer). Por causa disso, o seu alimento preferido são os cérebros humanos. Quando encontra uma vítima, esconde-se na escuridão da noite e voa silenciosamente para junto dela, que quase nunca se apercebe do que se está a aproximar pelos ares; assim que chega perto, pousa-lhe em cima de uma forma tão discreta que ela quase não sente nada e, de seguida, faz-lhe um furo limpo e completamente indolor no topo da cabeça para sugar-lhe a massa cerebral – isto tudo de tal maneira que a vítima não se apercebe do que está a acontecer até perder as funções cerebrais!!

            Tipos de alimentação alternativa: arroz-doce, banana, caldeirada de peixe, pastel de nata

            Após se tornar um Medo, ainda residiu na ilha onde nasceu e passou a sua vida, onde era temido pelo que fazia tanto antes como depois de morrer, mas posteriormente, não se sabe exatamente quando, mudou-se para onde é encontrado nos dias de hoje.
            Apesar de ter sido em vida um feiticeiro capaz de lidar com magia e, com isso, amaldiçoar outras pessoas, como Medo não é capaz disso, nem de fazer qualquer outro tipo de magia (se excetuarmos a sua habilidade sobrenatural). No entanto, comprovou-se que aqueles que já foram atacados e, com isso, amaldiçoados por um Medo do Grupo IX – Grupo das Maldições (embora não tanto pelo Maldigueiro, cuja maldição prende-se mais com a agricultura feita por quem choca, e não com quem foi chocado por ele) –têm mais hipóteses de terem o azar de serem atacados por ele; parece que a maldição daqueles que já se cruzaram com Medos amaldiçoadores também o atrai!
            Se andarem ao ar livre na área frequentada por ele e querem conservar a mioleira, cubram a cabeça com qualquer coisa – o seu bico é repelido pelo que tapa a carola!

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