Os locais e as horas de aparições dos Medos

            Como já foi aqui escrito, a misteriosa entidade sobrenatural que torna os espíritos de certas pessoas em Medos manda-os para este mundo com o intuito de se alimentarem ao interagirem com quem ainda cá está; para isso, a cada Medo é indicado uma área onde podem andar em busca de alimento, área essa que costuma ser uma transição geográfica (ex.: transição entre cerros e transição entre o mar e a terra). É lhes dito para não andarem fora das áreas onde foram designados, e muitas menos entrarem nas áreas dos outros Medos, pelo menos sem autorização de quem foi designado para andar por lá. Porém, se há coisa que a maior parte dos Medos gosta de fazer é… Fazer aquilo que quiser, sem os outros terem alguma coisa a ver com isso, a menos que sejam determinadas regras que eles tenham mesmo de seguir (que são não ficarem sem se alimentarem durante um determinado tempo, e – ainda lembram-se de termos dito isto? – nunca contarem a ninguém o que é a entidade e que planos eventualmente tem para eles!), sendo um bom ex. disso andarem por onde bem lhes apetece; aliás, até há um grupo de Medos, o Grupo XXV – Grupo dos Viajantes Livres –, em que as criaturas que o constituem raramente estão paradas no mesmo sítio e deslocam-se quase sempre pelo mundo fora! Isso os leva a invadir sem hesitação o espaço destinado a outros Medos, algo que é a principal fonte de confrontos entre eles (aqueles confrontos em que os elementos são um fator de vantagem, desvantagem ou igualdade de forças, lembram-se?). Quando não estão à procura de alimento, estão a descansar e a recuperar forças (parece que andar à procura de alimento é cansativo para eles) em sítios escondidos, que são minas e casas abandonadas na maior parte das vezes.
            Na maior parte do tempo, os Medos só estão em atividade por volta de determinadas alturas do dia: 6h00min, meio-dia, 18h00min – por curiosidade, estas 3 alturas são as horas dos chamados Toques das Avé-Marias – e meia-noite. Uns Medos costumam estar ativos nessas 4 alturas, outros só costumam estar ativos em 1 dessas alturas, e há ainda aqueles que só costumam estar em atividade em 2 ou 3 dessas alturas, enfim, as alturas em que saem são consoante ao que dá jeito a cada Medo, e também conforme o tempo em que cada um deles pode ficar sem se alimentar. Essas alturas do dia são consideradas alturas de transição temporal, em que os Medos recebem um aumento de energia, aparentemente não deste mundo, que lhes abre o apetite (a menos que ainda estejam a, digamos, digerir aquilo de que se alimentaram) – será que a entidade tem alguma coisa a ver com isso? Além dessas 4 alturas na maior parte do tempo, os Medos também estão ativos nas noites de São João, nas noites de luar de Verão, nos dias de Sexta-Feira 13, nos dias dos equinócios e no Dia de Natal, alturas, também de transição temporal, em que recebem um aumento de energia ainda maior do que o habitual e em que, por isso, estão mais ativos. Portanto, é preciso ter mais atenção aos Medos nessas alturas que nas habituais!